quinta-feira, 31 de maio de 2012

Património Geológico de Portugal

Património Geológico de Portugal .

Caracterização Geológica do Território Português.

Fig nº1 - Património gelógico e mineiro.
O Território Português, pode ser caracterizado pelo seguinte; O soco antigo, constituído por rochas magmáticas, granitos, metais sedimentares afetado pela orogenia hercínica; As bacias sedimentares mesozoicas (Lusitânica e Algarvia), depositária de calcários, margas e arenitos, de ambientes marinhos de plataforma a fluviais excepcionalmente fossilíferas; Os 3 maciços magmáticos do final do Cretácico, Sintra, Sines e Monchique, cuja instalação foi acompanhada por intenso vulcânico sub-aéreo; As bacias cenozóicas do tejo e Sado, de fácies marinhas a continentais, ricas faunas de vertebrados; As formações dunares, móveis e consolidadas, terraços marinhos e fluviais, aluviões e areias de praia do Quaternário, bem como os vestígios da glaciação Wurn ( Serras de estrela de geres).

Em Portugal a proteção do património geológico, as primeiras referências são de A.J Marques da Costa, num trabalho dedicado, num trabalho dedicado á Pedra Furada em Setubal. A Pedra furada é um exemplo geológico raro ou único, com muito interesse nos dias de hoje e que deve ser conservado de modo a evitar o seu desaparecimento.

Há vários anos que os serviços de Geologia de Portugal e o Instituo Geológico e Mineiro, Geociências desenvolvem ações com o propósito de caracterizar, o estudo, a proteção e a divulgação do património geológico de Portugal, ações como a classificação – 1978 de locais; lapiás de Cascais-Guinho, duna consolidada de Oitavo, duna atuais da Crismina, litoral entre o Guincho e Praia das Maças, lapiás da Pedra Furada, litoral entre Sesimbra e o Seixalinho, Cabo Mondelo e arriba fóssil da Costa da Carica; Publicações de guias geológicos para diversas áreas protegidas; Realização do V Congresso Nacional Geológico em 1998; Realização do 1º seminário sobre Património Geológico em 1999 e o Projecto Geo-Sítios.

Museu Geológico.

Fig nºs -1 e 2 - Museu geológico e mineiro.

   Os Museus são um dos mais importantes valores do património geológico de Portugal, foi criado em 1857, pela comissão geológica do Reino, tendo sido instalado em 1859 como Museu, ocupando quase 150 Anos, no 2º piso do edifício do antigo convento de Jesus em Lisboa.

O Museu Geológico pertence a rede Portuguesa de Museus desde 2003. Existem no Museu coleções estratigráficas e paleontológicas, coleções de arqueologia pré-histórica, as de minerais rochas e equipamento científico histórico.
   O Museu Geológico detém um acervo único do País, disponível para investigadores nacionais e estrangeiros. Considerado o Museu dos Museus pelo grande valor histórico- museológico, que representa, conservando materiais dos finais do século XIX. É dever do estado Português e sobretudo de todos os cidadãos a conservação e proteção deste valioso património.




Importância do Património Geológico.
Fig nº 4- Turismo em Portugal.
O património geológico,  apresenta grande importância para a sociedade,  se atendermos de que; Constituem os testemunhos do passado da história da terra e muitos de locais consideram-se raras ou mesmo únicas; Apresentam um grande interesse científico, facilitando o conhecimento integrado e aprofundado do passado da terra e evolução do território; Representam um valioso interesse turístico natural, com grande interesse económico; Apresentam também um grande interesse pedagógico permitindo aos alunos e ao público no geral sobre os fenómenos geológicos; A destruição das paisagens e do património natural ou arquitectónico, constituem valores não recuperáveis, perdas económicas significantes para um turismo valorizado para o país; As zonas costeiras principalmente as zonas rochosas de Portugal, que constituem 60% do litoral com grande beleza paisagista, que podem ser estudados e apreciados nacional e internacionalmente.

Geomorfologia.
Fig nº 5 - Geomorologia
São alguns exemplos de geomorfologia em Portugal , os exemplos no Parque Natural d Serra de Aires e Candeeiros, Pedra furada (Sintra) Cabo Carvoeiro, Cascais, Algarve.








Legislação do Património geológico Português.

A lei Portuguesa, permite a classificação desse locais e embora não seja específica para os geossítios, estes encontram-se incluídos nos conceitos de património cultural, conservação da natureza e bens culturais, consagram-se pelas seguintes leis; 

-Lei 107/2001 de 8 de Setembro – Define a política e regime de proteção e valorização do património cultural.

-O Decreto- Lei nº 19/93, de 23 de Janeiro – Cria a Rede Nacional de Áreas Protegidas.

-A Resolução do Conselho de Ministros nº 152/2001, de 11 de Outubro – Estratégia Nacional da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

-O Decreto nº 4/2005 de 14 de Fevereiro – Aprova a Convenção Europeia da Paisagem.

Decreto – Lei nº 142/2008 de 24 de Julho – Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

Referencias ;

Leituras dos texto gentilmente cedidos pela Professora na Uc.
-http://e-geo.inet.pt/divulgação patrimonial; Consultado aos 31-5-2012.
-http://www.progeo.pt/geomon.htm ; Consultado aos 31-5-2012.
-http://www.cienciaviva.pt/img/unpload; Consultado aos 31-5-2012.

Bento Bonifácio.
704744.

sábado, 19 de maio de 2012

Ameaças a Geodiversidade e Estratégias a Geoconservação


Ameaças a Geodiversidade e Estratégias a Geoconservação.

As meaças a geodiversidade podem advir tanto de ações antropogénicas ou não antropogénicas, ações fortemente influenciadas pelo modos atual de vida e desenvolvimento industrial das sociedades, que tem de utilizar a geodiversidade podendo mesmo destruí-la.  De entre as várias  ameaças da geodiversidade podemos destacar as seguintes; A exploração de recursos geológicos,  o desenvolvimento de obras e estruturas, gestão de bacias hidrográficas, florestação, desflorestação e agricultura, atividades militares, atividades recreativas e turísticas, colheitas de amostras geológicas para fins não científicos, e iliteracia cultural.
A exploração de recursos geológicos.
Fig.1- Exploração de recursos naturais.
Todos os materiais que usamos para o desenvolvimento das sociedades e bem - estar da vida do homem provem da terra. A exploração destes recursos, conduzem a uma destruição da parte da geodiversidade, constituindo uma grande ameaça; quando as explorações são feitas a céu aberto sem ter em conta as estratégias que acautelam os impactes negativo, afetando em grande medida as paisagens naturais, as explorações de recursos geológicos destrõem fósseis ou minerais com valores científico e pedagógico, os processos de erosão acelerada e as alterações no equilíbrio natural do meio são também provocados pela exploração das areia em zonas costeiras, as atividades extrativas são responsáveis pela contaminação dos recursos hídricos, superficiais e subterrâneos, destruição de flora e fauna reduzindo a produtividade dos solos.



O desenvolvimento de obras e estruturas,
Não existe a construção de uma obra de grande dimensão que não tenha causado impactos   negativos a geodiversidade, o melhor é mesmo antever e reduzir os impactos na altura da projeção das obras, atendendo aos estragos que estas obras podem ocasionar. Exemplo concretos são a construção de estradas, caminhos de ferro, pontes, barragens industrias, infraestruturas de envergadura, que constituem uma grande ameaça a geodiversidade. Outro exemplo são os lugares de grandes depósitos de resíduos que acumulam milhares e milhares de toneladas de resíduos, muitas vezes os locais de depósitos dos resíduos são de grande interesse científico ou mesmo pedagógicos e que podiam ser aproveitados para fins estudantis.

Fig 3- Construção da Barragem de Capanda - Angola
A gestão de bacias hidrográficas,      
As intervenção em que são sujeitas as bacias hidrográficas ,
no sentido da regulação de seu caudal, para a prevenção das cheias,
a construção dos diques , canais de rega e a construção de
barragens provocam impactos negativos na geodiversidade,
alterando o curso das águas.

Fig.4- Bacia hidrografica

A florestação, desflorestação e agricultura,
O crescimento da vegetação de uma dada região inibi a visibilidade dos solos, evitando  a observação de valores para estudo científico e pedagógicos da geodiversidade , já  a desflorestação provoca a erosão dos solos com efeitos perigosos para a geodiversidade e na agricultura a utilização de maquinarias pesadas para as lavouras, o uso de pesticidas e fertilizantes , deterioram a qualidade da água e erosão dos solos, portanto são ameaças a geodiversidade.



Fig.5-Tractor agrícola. 


As atividades militares,
As atividades militares desde a sua reparação combativa, ações bélicas, bombardeamentos, o uso de maquinarias pesadas, tanques de guerra, grandes locomotivas, munições e cartuchos em terra, provocam enormes estragos tanto a geodiversidade como a biodiversidade , provocando a erosão do solo e afetando a qualidade da água de consumo.



As atividades recreativas e turísticas,
As atividades recreativas e turísticas estão afetando a geodiversidade e também a biodiversidade . Um dos grandes exemplos é a utilização dos veículos todo terreno 4x4, usados em locais com solos frágeis, dunas, e zonas montanhosas provocam a destruição das estruturas destas zonas. As visitas a grutas acarretam a destruição das frágeis estruturas cársicas.



 As colheitas de amostras geológicas para fins não científicos, 
É uma atividade que delapida verdadeiramente o património cultural dado que as rochas, fósseis e minerais dificilmente se reconstituem, não são renováveis e se encontram na natureza em terrenos públicos, são património nacional. Portanto as colheitas devem ser feitas de maneira racional, tendo em conta ao impacto ambiental.
 A iliteracia cultural.

A falta de conhecimento sobre geologia a nível científico por parte dos decisores políticos, técnicos e público em geral é uma das ameaças que associa todas as outras ameaças. Esta é uma grande ameaça, pois que se os responsáveis aos mais diversos níveis tive
ssem o mínimo de conhecimento técnico-científico na área de ciências da terra, talvez fossem minimizadas as destruições a geoconservação.



Geodiversidade e a água.
A  água doce de qualidade que consumimos, constitui  um reflexo da geodiversidade, pois que as suas características físico-químicas notadas no sabor, temperatura, presença do gás , estão dependentes do tipo de rochas por onde a água circula até chegar á superfície, ou seja está dependente da geodiversidade. A água tem um grande valor para a vida do homem mas se a água continuar a ser tratada pelo homem de forma tão desrespeitada como atualmente,  num futuro próximo a água se tornará tão escassa e passará a possuir uma enorme importância geoestratégica. A África é rica em recursos naturais. Ouro, diamantes e petróleo são apenas alguns desses recursos. Mas o mais precioso de todos os recursos do continente africano é muitas vezes subestimado (a água) algumas vezes incendeia os ânimos quando toca a definir o acesso aquele precioso líquido. A Terra é por vezes referida como o planeta da água. Apenas um por cento da sua água com qualidade está disponível para consumo humano. Perdem-se milhares de vida por segundo devido à falta de água, principalmente no mundo em desenvolvimento, sobretudo em África. Se não resolvermos isto o mundo terá que enfrentar não só a perda de vidas que irá exceder a perda de vidas em qualquer guerra da história da Humanidade, porque mesmo que esteja gente a morrer devido à disenteria e esta doença está associada sobretudo a água contaminada, iremos perder mais vidas do que durante a II Guerra Mundial.



O Clima a ameaça a geodiversidade.

As alterações climáticas atualmente constituem uma grande ameaça a geodiversidade devido aos níveis de poluição atmosférica pela queima dos combustíveis, ocasionando o surgimento de fenómenos meteorológicos extremos como são os casos de secas, inundações, queimadas e outras. Verifica-se também que muitos destes desastres não são antropogénicas mais que podem de facto ser prevenidos pelo homem. Vemos também que o homem vai edificando infraestruturas, como pontes, estradas, barragens, em zonas que de facto são de elevados riscos proporcionando o surgimento de desastres como inundações, favorecendo assim a perca de vidas humanas e de seus haveres.

Em Angola, a província do Cunene a sul de Angola, tem sido uma das mais afetadas pelas chuvas, facto que criando vários e graves problemas para as populações daquela região. São registados mortes e destruição de haveres dos habitantes. Em Março de 2011, foram registados mortes de oitenta e cinco mil pessoas e nove mil e oitocentos e treze, pessoas ficaram ao relento e 400 crianças sem estudarem.
O clima tem um grande contributo, na formação das paisagens naturais. As alterações das rochas na superfície da terra são provocadas pela água no seu estado líquido, em presença de climas húmidos ou secos, com influencia da temperatura ambiental. As alterações das rochas originam o surgimento de sedimentos que por processos fluviais são arrastados  gerando depósitos sedimentares, constituindo elementos da geodiversidade. Os solos estão assim intimamente relacionadas com as alterações rochosas, na presença da matéria orgânica criando uma relação entre a geo e a biodiversidade. As paisagens naturais, constituem assim o postal de todas as características da geodiversidade, com a contribuição da biodivesidade.

Vulcões, Sismos. O vulcão é considerado uma estrutura geológica criada quando o magma, gases e partículas quentes (como cinzas) escapam para a superfície terrestre. Causam o arrefecimento do climático temporário, pela injeção de altas quantidades. Enquanto que os sismos são fenómenos de vibração brusca e passageira da superfície da terra resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas da atividade vulcânica ou deslocamentos de gases no interior da terra. As aberturas de falhas, deslizamentos de terra, tsunamis, mudanças na rotação da terra, vibração do solo, em construções feitas pelo homem, as mortes e perdas de bens constituem as consequências dos sismos.

Estratégias da Geoconservação.
As estratégias definidas para a geodiversidade tanto em área restritas como em áreas extensas são as seguintes;
1.Inventariação dos geossítos com maior relevância.
2. Quantificação, classificação e seriação das áreas de acordo a sua vulnerabilidade de degradação ou perda devido a causas naturais ou antropogénicas, podendo ser alvo de programas de valorização e divulgação.
3. Análise cuidada da informação e proceder a uma divisão entre os geossítos a nível internacional e nacional, regional e local.
4.Monitorização anual dos gesssítos abrangidos pela estratégia  de modo a avaliar o impacte sobre a sua relevância.

Leitura dos materiais disponibilizados na plataforma da Unidade Curricular.
www.pesquisasemgeociencias.ufrgs.br/3801/01-3801.pdf
paleoviva.fc.ul.pt/almafossil/Grafitos/Grafit01.htm
www.tvi24.iol.pt/ambiente/...vulcoes-sismo.../1157072-4070.html

Bento Mateus Bonifácio - 704744 .

terça-feira, 8 de maio de 2012

GEODIVERSIDADE, GEOCONSERVAÇÃO E PATRIMÓNIO GEOLÓGICO.


Caros Colegas e Professora.


Abaixo constam os meus contributos sobre: Geodiversidade, Geoconservação e Património
Geológico;

O termo geodiversidade, começou a ser divulgado recentemente, na década de 1990, por geólogos e geomorfólogos que buscavam estudar a natureza na sua vertente geológica. É difícil dizer ao certo quando o termo foi utilizado pela primeira vez, mas sabe-se que os primeiros trabalhos foram realizados na Tasmânia (Austrália) e principalmente no Reino Unido, em 1993, na Conferência de Malvern sobre Conservação Geológica e Paisagística (BRILHA, 2005).

 Entende-se por geodiversidade, a variação natural dos aspetos geológicos (rochas, minerais, fósseis), geomorfológicos (formas e evolução de relevo) e do solo. É importante ressaltar que a geodiversidade, não inclui apenas elementos abióticos da natureza, mas também os bióticos (ARAÚJO, 2005).
Azevedo (2007) define geodiversidade como a variação litológica das rochas, os processos geológicos, a diversidade dos solos e como os afloramentos estão dispostos na superfície da Terra

 A geodiversidade é dotada de uma série de valores e usos, todos de grande importância:
valores intrínsecos ou de existência, culturais (matéria-prima para construções históricas, nomes tradicionais de lugares, lendas das populações nativas), estéticos (lazer, contemplação ou produção artística), funcionais (substrato para os ecossistemas e a biodiversidade) e econômicos (recursos minerais e energéticos).

 A geodiversidade (ou diversidade geológica) é a variedade (a diversidade) de elementos e de processos geológicos, sob qualquer forma, a qualquer escala e a qualquer nível de integração, existente no nosso Planeta (do grego gê, Terra + latim diversitate, diversidade).

O conceito de geodiversidade é um conceito integrador fundamental que engloba todos os materiais e fenómenos geológicos que dão corpo ao Planeta e o modificam (a sua estrutura e a sua superfície) e que, em conjugação com a biodiversidade, define a essência material da Terra e o modo como ela se transforma e evolui.

Este conceito pode ser usado em abstrato, por exemplo, para designar a geodiversidade do Planeta, ou ser aplicado, concretamente, a qualquer área geografia, desde uma região local a um continente. Assim, a geodiversidade de uma dada região é função da variedade de aspetos geológicos (paleontológicos, geomorfológicos, petrológicos, tectónicos, hidrogeológicos, mineralógicos, paisagísticos, etc., etc.) dessa mesma região: quanto maior a variedade de aspetos geológicos de uma região, mais elevada a sua geodiversidade.

Por exemplo, uma região onde ocorrem diversas estruturas e aspetos geológicos distintos, sobretudo se abarcarem idades geológicas muito variadas, terá uma geodiversidade elevada. Pelo contrário, um deserto de areia, cobrindo uma área vasta, onde ocorre menor número de rochas e de aspetos geomorfológicos distintos, terá uma geodiversidade baixa.

A mineração desprovida de critérios e/ ou de licenciamento ambiental é apenas uma das ameaças aos elementos da geodiversidade e aos sítios (geossítios) que compõem o patrimônio geológico de um determinado território – país, estado, município, propriedade particular ou unidade de conservação. Somam-se a ela a crescente urbanização, a construção de grandes obras de infraestrutura e geração de energia, como barragens e hidrelétricas, a silvicultura com espécies arbóreas de grande porte, as quais impedem a visualização de formas de relevo típicas, e a coleta indiscriminada (e o eventual comércio) de amostras raras, como no caso dos fósseis

Geoconservação: São todas e quaisquer ações empreendidas no sentido de preservar e de defender a geodiversidade.

A Geoconservação: Compreende conservação do património geológico que devera passar por medidas concretas e especificas, focadas no tipo de património avaliado. Segundo Sharples (in Brilha, 2005, pag. 51), “a geoconservação tem como objetivo a preservação da diversidade natural (ou geodiversidade) de significativos aspetos e processos geológicos (substrato), geomorfológicos (formas de paisagem) e de solo, mantendo a evolução natural (velocidade e intensidade) desses aspetos e processos.”

Património geológico: É o conjunto dos aspetos e de exemplos concretos de geodiversidade, aos mais diversos níveis, que, por esta ou por aquela razão, se entendeu salvaguardar por meio de medidas especiais proteção, tal como consignadas na lei de cada país.

O Património Geológico como o conjunto de locais e objetos geológicos que pela sua exposição favorável e conteúdo, constituem documentos que testemunham a historia da Terra, a sua geodiversidade e podem designar-se genericamente por Locais de Interesse Geológico (LIG) (Ferreira et al, 2003), abrangendo valores com caracter cientifico, didático, cultural e paisagístico. O património geológico corresponde a um conjunto de LIG numa dada área. E uma constatação, que o Património Geológico constitui o património natural comum mais antigo, existente a face da Terra, funciona como uma ferramenta, para a compreensão da complexidade e integridade do meio ambiente.

Figura nº 1 - Mapa de Angola.

O Geoparque: E um território com limites bem definidos cartograficamente que apresenta um conjunto de geossitios. Tem como principais objetivos a conservação dos geossitios de particular importância, a biodiversidade existente e o património histórico-cultural, a educação e o turismo da natureza. O conceito de geoparque consagrado pela UNESCO visa a promoção de modelos de desenvolvimento sustentável, aliando a conservação da natureza, ao desenvolvimento das populações que tiram partido destes locais, sendo assim possível estimular as atividades económicas, locais e regionais, em equilíbrio com a preservação do património natural, cultural e histórico. Fomenta o relacionamento das populações com a sua envolvente geológica. Nele procura-se estimular a criação de atividades económicas suportadas na geodiversidade da região, com o envolvimento empenhado das comunidades locais. Geo - inventário:listagem qualificada do património geológico que ocorre numa dada área.


 


Figura nº 2 - Serra da Leba em Angola, na Província da Huíla.













Figura nº 3-Montanha da Tundavala, na província da Huíla.



















Bibliografia.

-Leituras dos materiais disponibilizados na plataforma
-geoconservacao.blogspot.com/p/geodiversidade.html
-geoconservacao.blogspot.com/.../mini-curso-geodiversidade-e-geotur


Até Breve.

Bento Bonifácio.

704744

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ameaças a Biodiversidade


Ameaças A Biodiversidade.

As principais ameaças a Biodiversidade são as seguintes;

1.      .A Destruição, degradação e fragmentação do habitat.

2.      .A Poluição.

3.      .A Sobre – exploração dos recursos.

4.      .Introdução de espécies exóticas.

5.      .Aumento da dispersão de doenças.

6.      As alterações climáticas.

1.A Destruição, degradação e fragmentação do habitat.   

A destruição ao habitat é considerada a principal ameaça a Biodiversidade e tem a ver com o abate indiscriminado de árvores, para a obtenção de lenha, madeira, carvão e é uma atividade muito notória ou frequente nas zonas tropicais, associado a destruição das florestas, desmatação na preparação de terras para a prática agrícola, habitação e para instalação de empreendimentos a favor do homem, redes viárias, construção de barragens, na drenagem de zonas húmidas.

2.A Poluição.


Após a destruição, degradação e fragmentação do habitat, temos outra ameaça conhecida pela Poluição, que é resultante da deposição dos poluentes que variam desde os químicos, radioativos, calor, luz, ruído ou energia, no ambiente, resultando efeitos nocivos não somente para os ecossistemas como também para a saúde humana. Destacamos; A Poluição da Águas; (Quando são afetadas as águas com químicos, agentes patogénicos, capazes de alterar as propriedades físico-químicas da água, temperatura, oxigénio, pH ou condutividade), A Poluição do Ar;(Contaminação do ar pela descarga de agentes químicos, físicos ou biológicos modificadores das características naturais da atmosfera). Este tipo de poluição afeta diretamente a saúde humana através da ingestão de alimentos contaminados em contato com a atmosfera e pela inalação de ar contaminado. Os ecossistemas são afetados pelos poluentes e pelas chuvas ácidas e pela excessiva deposição de nutrientes no solo. Os problemas ambientais como as alterações climáticas e o buraco na camada de ozono são causados pelos poluentes atmosféricos. A Poluição luminosa; (Iluminação da ruas, estradas, iluminação de segurança com faróis, iluminação de aviso de aviões, iluminação de espaços de lazer durante longos períodos). A Poluição sonora; (Ruídos com origem antropogénicas, com prejuízos a saúde humana e ao meio ambiente). A poluição sonora, tem maiores efeitos crónicos e irreversíveis.

3.Sobre-exploração dos recursos.

A Sobre- exploração das espécies animais e vegetais colocam em riscos de extinção algumas espécies, provocando um desequilíbrio do ecossistema onde estas espécies vivem. A pesca, a caça e o abate de árvores de forma excessiva é um exemplo prático desta prática.





4.Introdução de espécies exóticas.


A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também pode ser prejudicial, pois acaba colocando em risco a Biodiversidade de toda uma área, região ou país. O ser humano é o principal responsável pelo transporte de espécies de uns locais para os outros. São considerados três processos; Colonização Europeia; (Os colonos chegaram a todas as regiões do globo levando consigo inúmeras espécies de aves e mamíferos, ao mesmo tempo os Europeus trouxeram consigo várias espécies exóticas que introduziram no seu território ou noutras colónias), Agricultura e Pecuária;( Grande parte de espécies animais e vegetais foram introduzidos, distantes dos locais de origem para propósitos  pecuários e agrícolas, escapando de suas zonas de produção e prosperando nas comunidades locais), Transporte Acidental; (Incluem a transportação de espécie pelo homem intencionalmente, tais como sementes que são colhidas em conjunto com as cultivadas, e depois semeadas acidentalmente noutro local; ratos e insectos que viajam entre continentes em barcos de carga; os barcos frequentemente trazem espécies exóticas no seu lastro; muitas doenças e parasitas viajam com os seus hospedeiros).



5.Aumento da dispersão de doenças.

A ação do homem pôs em contacto com espécies selvagens, doenças e parasitas com diversas proveniências, pondo em risco a sua sobrevivência.

6.Alterações climáticas.

As alterações climáticas são devido a diversos factores tais como, a inclinação do eixo da Terra e na curvatura da sua orbita em torno do sol, as alterações na intensidade da radiação solar, a disposição dos continentes, alterações nas correntes marinhas a erupção de vulcões, modificando o clima numa escala de milhares de ano, as alterações climáticas através da emissão dos gases com efeito de estufa, que provocam um aquecimento global. O homem é um dos maiores responsáveis nas alterações climáticas com as suas ações na industrialização, uso de veículos, queimadas de combustíveis como o petróleo, gás, carvão sendo o sector dos transporte e produção de electricidade aqueles que mais poluem, incluindo a atividade agrícola com a alteração do uso de solo e a destruição das florestas.

A atmosfera da Terra funciona um pouco como uma estufa em relação ao planeta, uma vez que possui gases que têm a propriedade de permitir a passagem dos raios solares e de reter o calor que é irradiado pela superfície da Terra. Se não existissem esses gases o planeta seria muito mais frio. Quando se fala de gases com efeito de estufa fala-se principalmente de seis compostos. Três que existem naturalmente na atmosfera: o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O); e três que foram criados pelo Homem: os hidrofluorcarbonetos (HFC), os perfluorcarbonetos (PFC) e o hexafluoreto de enxofre (SF6). Nos últimos 50 anos, o dióxido de carbono foi que mais contribuiu para o aumento da temperatura global, por influência da ação humana.



6.1.Consequências do aquecimento global;


·         Subida da temperatura média da terra acerca de 0,6ºC.


·         Aumento de temperatura média da terra em 2100 entre 1,4 a 5,8 ºC.                              


·         Previsões para maiores aquecimentos em latitudes altas no hemisfério Norte e na Antárctida.


6.1.2.Subida do nível do mar;


·         Subida do nível das águas do mar entre 9 e 88 cm até 2100, devido á dilatação dos oceanos e ao derretimento de glaciares e calotas polares.


·         Aumento da erosão costeira, com risco para as populações e infra-estruturas destas zonas, acrescido de cheias causadas por marés vivas.                                                       


·         Afetação dos ecossistemas polares.


6.1.3.Fenómenos meteorológicos extremos;


·         Aumento da frequência e da intensidade de fenómenos meteorológicos extremos como dias muito quentes, secas prolongadas, tempestades e cheias.


6.1.4.Alterações nos ecossistemas;


·         Subida rápida das temperaturas causadoras de modificações em vários ecossistemas.  


·         Perda de área florestal nalgumas regiões pela seca devido ao aumento de temperatura pelo aumento da frequência dos incêndios florestais.     

·         Exposição maior ao risco de espécies que vivem no limite de tolerância do calor ou em zonas frias devido a redução da sua capacidade de dispersão.
  Os ecossistemas costeiros, como os estuários e os mangais também serão dos mais afetados.


6.1.5.Agricultura;

·         Diminuição generalizada da produção agrícola no mundo e ameaça a fome.


·         Secas prolongadas com o aumento da temperatura.


·        Risco de                                                                                                                                         desertificação.                                                                                                                   


6.1.6.Saúde;


·         Diminuição de mortes associado ao frio.


·         Aumento de mortes associado ao calor devido a problemas respiratórios


·         Aumento de doenças causadoras por vectores de transmissão tais como a malária e dengue, febre amarela.


6.2.Acordos Internacionais para Prevenir o Aquecimento Global;


Devido as alterações climáticas, que tem com a principal causa o estilo e vida sobretudo dos países industrializados, a comunidade internacional entendeu travar este fenómeno através de obtenção de acordos políticos globais que limitem a emissão de gases causadores do efeito de estufa dos quais temos; a Convenção – Quadro para as alterações climáticas e o Protocolo de Quito.


6.2.1.Convenção-Quadro para as alterações climáticas.


A comunidade internacional (ou pelo menos parte dela) despertou para a questão do aquecimento global no final da década de 1980. Como resultado desta preocupação foi adoptada em 1992 a Convenção-Quadro para as Alterações Climáticas durante a Cimeira da Terra, realizada no Rio de Janeiro. O principal objectivo deste acordo era conseguir estabilizar as concentrações de gases com efeito de estufa na atmosfera a um nível que impedisse uma interferência humana perigosa no clima do planeta. Porém a aplicabilidade desta convenção era reduzida, uma vez que não estabelecia valores para as concentrações dos gases, nem como deveriam ser atingidas.


6.2.2.Protocolo de Quioto.


Uma vez que a Convenção-Quadro para as Alterações climáticas não parecia ser suficiente para estabilizar as emissões de gases com efeito de estufa, a comunidade internacional começou a negociar um acordo mais ambicioso. Em 1997 foi assinado o Protocolo de Quioto que é um tratado ligado à convenção-quadro e condicionado aos seus princípios básicos, como o de que as nações mais industrializadas devem dar os primeiros passos para prevenir o aquecimento global e ajudar os países mais pobres a usarem modelos de desenvolvimento menos poluentes. A principal novidade deste tratado é que estabelece metas concretas em quantidades e em datas para a redução das emissões de gases com efeito de estufa.


7.Consulta Bibliográfica.


Leituras de textos de orientação  fornecidos na plataforma.


www.kunenerak.org/pt/.../major+threats+to+biodiversity.aspx


www2.camara.gov.br › Meio Ambiente


sejaresponsavel.wordpress.com/.../quais-as-principais-ameacas-a-...


www.badoca.com/conservacao/.../ameacas-a-biodiversidade-da-ilha


sustainabilitywithus.blogspot.com/2009/.../ameacas-biodiversidade.


www.anossaescola.com/cr/webquest_id.asp?questID=269


www.slideshare.net/.../principais-ameaas-biodiversidade-6433535


 O homem precisa cuidar desta beleza natural

Até Breve;  Bento Mateus Bonifácio -  704744.